sábado, 24 de abril de 2010

Não Vinhas Verme à própria.....Janela


Desde pequena nunca tive o hábito de ler, mas os livros e poesias sempre apareciam na minha cabeça, personagens loucos, alguns ruins, outros se tornaram meus amigos. Hoje não me vejo sem uma boa conversa com algum autor que anseia minha imaginação, como diz Clarisse Lispector," Às vezes sentava-se na rede, balançando-me com um livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com seu Livro: era uma mulher com seu amante".
Escrevi muitas e muitas coisas, minha inquietação me fazia rasgá-los, alguns sobreviviam alguns mêses, outros sequer semanas, mas minha loucura momentânea me faz ter vontade de olhar novamente coisas que escrevo hoje, não que seja digno de ser muito lido e admirado pelos outros, mas coisas que a minha janela conhece, como fazia antes evitava de me debruçar sobre ela, agora ela parece silenciosa e observadora.
O que mais me atrai é a capacidade de olhar coisas cotidianas, com um olhar poético, às vezes critico e doloroso, desastroso e infernal, muitas vezes doce e sublime, outros apaixonante e intenso, ou de uma nostalgia que da vontade de voltar no tempo. Não importa, coisas num primeiro olhar ordinárias, comuns, ganham um toque pessoal e único. Podem ser coisas ou pessoas. E as pessoas? ter capacidade de olhar as mesmas pessoas todos os dias e descobrir nelas atos poético, trejeitos dos quais sem você não sobreviveria, retomar o que elas foram na primeira vez que você as vio, ou nos momentos em que você mais precisou...
Enfim, bem vindo a minha Janela, pois a loucura é só um ponto de vista, ou por qual janela você anda debruçado.
Me Vou...